Todos nós somos atravessados por pensamentos a todo momento. Mas quantas vezes você parou para realmente refletir sobre eles?
Na prática clínica, percebo que ter pouco conhecimento sobre si e sobre o próprio corpo pode ser mais perigoso do que não saber nada. Isso porque, com pouco conhecimento, você pode acreditar que está no caminho certo – quando, na verdade, está andando rápido… na direção errada.
📌 Pegue o exemplo da fome.
Vivemos sob a crença comum de que comer várias vezes ao dia é o ideal. Assim, toda vez que o corpo sinaliza fome, muitas pessoas pensam: “Estou com fome, preciso comer.” E comem o que estiver mais perto, mais gostoso ou mais prático. Afinal, estamos cercados por conveniências alimentares.
Mas será que é fome mesmo?
Quando você tem um conhecimento mais profundo, começa a pensar sobre o que pensa. Começa a questionar: será que é sede? Estresse? Ansiedade? Uma carência afetiva? Uma deficiência nutricional? Será que estou apenas buscando conforto?
Esse nível de reflexão te permite interpretar sinais do corpo com mais clareza e agir com mais consciência – não apenas reagir.vEsse raciocínio não vale apenas para a fome. Serve para todas as áreas da sua vida: sono, sexualidade, afeto, atenção, descanso.
🔁 O problema é que, se você não se conhece, se não tem esse repertório mínimo sobre si, os pensamentos que deveriam te proteger passam a te destruir. Porque vêm disfarçados de necessidade, mas são, na verdade, um pedido de ajuda do seu corpo.
Por isso, antes de sair em busca de soluções externas, volte-se para dentro. Pergunte-se: de onde vem esse pensamento? O que ele está tentando me mostrar?
É nesse lugar de consciência que começa a verdadeira transformação. 🌱
— Dr. Anderson Vieira