Recentemente, recebi no consultório o esposo de uma paciente minha. Ele já estava no terceiro medicamento para hipertensão — e mesmo assim, a pressão continuava alta.
💊 O primeiro remédio não funcionou.
💊 O segundo também não.
💊 No terceiro, os efeitos colaterais começaram a pesar.
Foi então que sua esposa, já minha paciente, sugeriu que ele viesse até mim. A ideia era simples: antes de seguir aumentando as doses, vamos entender a causa.
Era um homem tenso, sobrecarregado no trabalho, sem tempo para si e sem espaço para expressar o que sentia. Em casa, os conflitos eram frequentes — discussões, explosões emocionais e cobranças constantes. Tudo aquilo que não podia ser dito no trabalho ficava guardado… até se transformar em estresse acumulado e pressão alta. Ao chegar em casa, em vez de encontrar um refúgio, ele se deparava com novas demandas: ser proativo, resolver problemas, acompanhar a esposa em tarefas e passeios. O resultado? Um corpo e uma mente exaustos. 🤯
Essa rotina desgastante gerou alimentação desequilibrada, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e pensamentos acelerados, principalmente antes de dormir. E, no meio disso tudo, a crença de que o remédio iria resolver.
No nosso trabalho juntos, o foco não foi apenas a medicação. Implementamos estratégias de gerenciamento do estresse, momentos reais de autocuidado, atividade física regular, alimentação saudável e prazerosa, e diálogo construtivo com a parceira. Com o tempo, as medicações que antes não funcionavam começaram a fazer efeito. Aos poucos, conseguimos reduzir… até chegar ao ponto de não precisar mais delas. 🙌
Essa história mostra que a hipertensão, muitas vezes, não é apenas sobre pressão arterial. É sobre pressão de vida. Medicamentos são fundamentais em muitos casos, mas não substituem mudanças profundas de hábitos, gestão emocional e equilíbrio na rotina. Esse paciente não curou apenas uma condição crônica. Ele reconstruiu sua forma de viver. ✨
Se você se identificou com essa história — ou conhece alguém que poderia se beneficiar dessa reflexão —, compartilhe este artigo. Às vezes, o primeiro passo para o controle da saúde é olhar para a raiz do problema, e não apenas para o sintoma. 🌱
👨⚕️ Dr. Anderson Vieira